4 de set. de 2009

Palavras,olhares, gestos e sentimentos

Ela queria apenas andar, o rumo era incerto...
Um dia atípico...
Mudou tudo o que ia fazer, para não fazer nada.
Andando pelas ruas de São Paulo, ela olhava tudo e todos como se fosse a primeira e última vez que teria aquela oportunidade. A companhia era a improbabilidade, a incerteza...
E pela primeira vez aquilo não a angustiou.
A vida por ela era muito regrada e algo estava mudando.

Viver...
Quatro passos sem direção...
Dois olhares com a mesma visão...
Objetivos...
Nada naquele dia seria lembrado como algo simples, ou importuno.
O dia foi...

A cada hora que passava a menina de tênis surrado e roupas simples, tinha vontade de voltar no tempo e repetir a direção.
Ternura implícita em atos insanos acontecia a cada momento...
Durante aquela semana muitos dias de chuva aconteceram. E naquele dia a garota acordou sabendo que o sol teria uma intensidade melhor.

Os olhares eram apertados, era dia, e a lua já dava boas vindas... Sol e lua visível, momento de admiração daquela pessoa.

Cada segundo, cada passo, vozes, risadas, paradas. Era contemplado.

A solidão era algo partilhado entre duas almas...
Isolamento a dois.

Fazendo o que dava na cabeça o dia foi passando, e passando...
O dicionário de palavras fora acabando. Tudo agora era expressão!

As músicas viraram ironias do momento, o olhar era como maquina fotográfica...
Recordações ela queria.
A lua agora já era mais intensa, e os olhares não mais apertados.
Sem saber se teria uma nova oportunidade à despedida acontece...
Era hora do simplório tchau...

Ela continuou com o desígnio de início.
E o fez...

Entre carros, luzes, prédios, árvores, pessoas ela persiste em caminhar.
A cada passo, sem saber qual destino seguir, a garota olhava para o céu e pedia que aquele sonho fosse eterno!

O dia se foi...


Mari Bernun

31 de ago. de 2009

Sociedade Viva Cazuza

Com uma enorme causa hoje a Sociedade Viva Cazuza sofre com dificuldades financeiras para manter a Instituição.



A Sociedade Viva Cazuza foi criada em 1990, por Lucinha Araújo e João Araújo, pais de Cazuza, em prol da luta contra a HIV/Aids. A casa tem um trabalho de Apoio Social para 120 pacientes adultos em acompanhamento ambulatorial no Hospital da Lagoa e no Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião. Desenvolve Projeto de Prevenção à AIDS em escolas e empresas.

Hoje a Sociedade Viva Cazuza abriga 22 crianças com idade entre 4 e 17 anos, na Casa de Apoio Pediátrico, que foi inaugurada em 1994 – recebendo o título de Primeira Casa de Apoio Pediátrico do Município do Rio de Janeiro-


A crise que a Instituição passa hoje é reflexo da paralisação das verbas de emendas parlamentares, o que ocasionou a enorme dificuldades em manter a qualidade de vida necessária para as crianças e adolescentes que vivem lá. Lucinha dedica o amor que tinha pelo filho a essas crianças. Dando-lhes casa, roupa, comida e tratamentos médicos.

Os dinheiros arrecadados pelos direitos autorais de Cazuza suprem apenas 20% das despesas da ONG que somam R$ 60 mil. Diante deste quadro financeiro reduzir o número de funcionários que trabalham na entidade é a atual solução.
Lucinha em um vídeo no Youtub pede ajuda de todos aqueles que têm a possibilidades e querem ajudar. E reforça segundo o site da Fundação "Somos a única casa de apoio soropositivos no Rio". Além do Presidente Lula ela está procurando ajuda no meio empresarial.

Espero que com a divulgação que tem sido feita pelo Brasil dessa atual situação. Lucinha Araújo consiga a verba que precisa para que o trabalho social e acima de tudo Humano- que ela faz com essas crianças- flua da melhor forma possível. E que assim a Fundação sobreviva dando força, compreensão, ajuda e principalmente amor. Para todos aqueles que dependem dela.



Mariana Bernun

Sociedade Viva Cazuza