21 de mai. de 2009


Nasce o ser


um querer
tempo passado
Dia não vivido

Passos largos passam distante
O concreto se desmaterializou

A idéia não se concretizou
O inoportuno surgiu
O fim chegou

Sou
Fui
Ninguém





Mari Bernun

Sou o ar quente e úmido,
Sou o pedinte da esquina e o cachorro que o acompanha
Sou areia grossa da praia, mar quente e opaco.
Sou o negro, o índio da terra.
Sou arretada da Bahia de São Salvador
O pão de queijo eu sou.

Alma?

Soul?

A feijoada de histórias
Sou o hippie dos anos 60 e o punk dos anos 70
Sou o ditador dos trabalhadores.
Sou cantor, mestre, mendigo, sou do sul
Do frio, sou camaleão
Sou uma espécie em extinção
Sou o Brasil!
Mari Bernun