4 de dez. de 2011

100 Palavras

Quando tuas certezas tornarem-se dúvidas não mais olhe para mim...

Quando todos os devaneios tornarem-se concretos

Nada mais terá sentido.


Na satisfação a insatisfação.

O tic tac sem som anuncia a hora da partida

Momento do falso adeus.


Um olhar para o horizonte


Paradise!


O engasgo das palavras distorcem toda a crença e fé.


Lembranças, medo ou distração?

Do presente ao futuro e de volta ao passado


Purgatory!

Três tempos entrelaçados!


Novas constelações distorcem o caminho

Hell!


Com os pensamentos na contramão o meu semblante muda e minha voz emudece.

Minha respiração ofegante me assusta

Sou apenas inquietação...



Mari Bernun

7 de out. de 2011

Lembranças...

Saudade do aconchego

Do lustre rústico enfeitando o teto da sala
Dos largos sorrisos ao cair da noite.
Da vista da janela.

Saudade...

Três cores e uma arquitetura.


Mari Bernun

4 de out. de 2011

Voltei a Amar


Perdida em um passado nem tão distante, com o coração apertado e olhando aquele lindo por do sol. Por mais barulho e diversão em volta a mim nada chamava minha atenção, apenas os mesmos pensamentos de alguém que um dia amou e não mais queria aquele sentimento.


Neste instante como quem não quer nada, você chegou, sentou ao meu lado e aos poucos me resgatou. O por do sol já era quase imperceptível e o barulho de antes agora era quase um completo silêncio, se não fosse as nossas vozes a sussurrar. A noite caiu e o frio com ela chegou, mas a certeza de que a água estava quente, não nos intimidou, e o mergulho foi fatal.


Pergunto-me se foi neste momento que me apaixonei...


Mais tarde já aquecidos e sentados na rede, entre algumas semelhanças e muitas diferenças, o beijo que um dia você sonhou e que eu nunca pensei acontece.


Me perdi em seus braços para nunca mais sair.


Voltei a amar!

30 de set. de 2011

Aurora

Não suporto quando você adormece e me deixa em devaneios

Fico a olhar cada detalhe do seu rosto e apesar da serenidade, ainda prefiro você acordado, rindo com os olhos radiando seu brilho natural...

Gostaria apenas nesta noite calada que você despertasse dessa inércia e me abraçasse

ausência e presença num mesmo contexto

Adormeço...

23 de mai. de 2011

Lune

A lua iluminava o céu, a música tornava o coração mais acelerado e os olhares eram sutis e fixos

Perdido em algumas bonitas frases de impacto o jovem ia tentando trazê-la ao mundo real

Viagens...

Cada vez mais os pensamentos levavam a garota a se afastar...

O caminho até o mar parecia longínquo naquela imensidão, mas a sintonia tornava qualquer distância mais fácil de ser alcançada...

E foi neste ponto em comum, que as fantasias se encontraram e fizeram daquela, uma noite mágica.

Mari Bernun

22 de mai. de 2011

Inquietação

Hoje soltei lágrimas de saudade
Nas palavras escritas, lembranças, viagens...
Do meu quarto ouvia uma música
O som da voz surgira na minha mente

Hoje soltei lágrimas inadequadas
A força se perdeu e a sensibilidade dilacerou

Hoje soltei lágrimas confusas
Um toque, um perfume, uma pessoa, um lugar
Entre três cores e uma arquitetura eu me perdi

Hoje soltei lágrimas guardadas
Sucumbi minha inquietação...

Reprimi meu sentimento e por fim não mais chorei.

Mari Bernun

3 de abr. de 2011

Transcendendo

A viagem foi rápida, mas durou tempo suficiente para o necessário...

Percebi que não adianta haver precipitações. Parece até algo simples de ser percebido, mas às vezes provas são necessárias para que se possa ter certeza do rumo a ser (ou não) tomado.

Equivocamente pensei que um dia encontraria o manual. Mas com o passar do tempo vi que não existem citações que explique a vida.

Já faz um tempinho (anos) que vou levando cada dia como se fosse o último. Foi a forma que encontrei para montar meu quebra cabeça. Sem pressa de vê-lo finalizado, vou encaixando peça a peça... Posso não acertar de primeira, entretanto, são erros de percurso que fazem a cada encaixe um prazer mais intenso.

Paulatinamente vivendo...

18 de fev. de 2011

Insônia

Eu queria apenas descansar...

Subi na cama e abri a janela
Deitei-me olhando para o céu e tentando enxergar as constelações.
A brisa gelada da madrugada me acariciava enquanto a lua iluminava meu quarto

Anestesiei-me e dormi.

Mari Bernun

14 de fev. de 2011

QUADRILADO

De um lado para o outro das ruas de forma complacente e palavras intercaladas

As horas passavam...

Tudo muito rápido!

Um solo de piano fora analisado atrás das portas

De estático apenas os registros de uma máquina.

A simplicidade era a grande diferença

Detalhes eram analisados de ambas as partes

Duelo de olhares, busca por algo.

O cheiro de asfalto molhado era forte

Um arco-íris pintava o céu

E as ruas eram vazias...

O ritmo dos passos era lento

O único som percebido eram os pingos cadenciando com as vozes.

A noite caia e o luar não era sorridente

De tudo apenas um momento de negação!


Mari Bernun

6 de fev. de 2011

Borboletando na cidade

Durante um tempo fiquei observando aquela borboleta passar no meio dos carros...
Voava desesperadamente sem saber se subia ou descia, foi quando ela veio com todo seu azul e roxo refletindo no sol e em poucos segundos estava no meu ombro. Naquele momento percebi que a pobre borboleta estava apenas repousando de um dia fatigante perdido na cidade.
Na falta de uma flor fui o ombro amigo daquele ser. O suficiente para entender como é duro borboletar por ai.

1 de fev. de 2011

Equilibrista do Tempo

Hoje ouvindo aquela música

Lembrei das brincadeiras de adolescentes adultos

Que sem saber, queriam jogar malabares no parque, rolar na grama verde limão, fazer um piquenique com bobeiras e uma poesia com pequenas sutilezas.

A cada estrofe cadenciada do quinteto, as imagens, sons e sensações se misturavam

Em uma cor azulada...

Hoje, ouvindo aquela frase viajei no passado

Ri contido e cantei empolgada.

Lembrei das injurias e juras de amor

Dos momentos atrapalhados e divertidos pela cidade

Do improviso mais que ensaiado e da dancinha fora de ordem

Lembrei dos strokes e também do Ensaio Sobre a Cegueira.

Pensei nas loucuras que vivi e também nas que perdi.

Ceguei-me por alguns instantes...

Foi quando um toque forte da bateria e outro singelo nos meus cabelos me puxaram para o presente. Olhei em volta, ouvi a música, senti o toque e entendi o sentido de tudo até aquele momento.

26 de jan. de 2011

Perturbada por dois e-mails

É como quando aprendemos a andar de bicicleta. Você tem uma meta, sabe que pode se esborrachar, mas não desiste. É assim que aconteceu algumas vezes comigo, com algumas amigas e amigos.

Foi assim que me senti hoje ao ler um e-mail de aproximadamente um ano e outro que recebi hoje. Não dá para comparar os dois, mas a metáfora se encaixa nas duas situações.

Um pouco boba, infantil e indefesa diante de algumas palavras escritas...

Sinto que conversar cara a cara possa ser complicado algumas vezes, no entanto, é bem melhor se arriscar pessoalmente do que um papo pelo msn, facebook, Orkut ou até o quase defasado e-mail.

As frases se confundem, as entonações podem ser inúmeras e a interpretação pode ser a melhor ou a pior possível. É fato!

Mesmo sabendo disso eu mantenho essa mania torta de me comunicar por e-mail.

16 de jan. de 2011

Reticências

Estou no lugar errado.

As pessoas não me entendem, nem eu mesmo.

Quero fugir daqui ir atrás do meu sonho

Dizer que tentei e consegui.

Produzir meus pensamentos em imagens

Trancar o medo a sete chaves

Buscar um sentido em tudo isso

E poder viver o que acredito...

14 de jan. de 2011

Post muito lindo de uma pessoa tão doce quanto as palavras abaixo

O PRIMEIRO ENCONTRO

Nosso primeiro encontro foi casual
Foi inesquecível e ao mesmo tempo engraçado
Nem ao menos te conhecia e me encantei no ato...

Vibrações positivas surgiam naquele momento especial.
Houve uma atitude, uma reação, um sentimento...
Em uma simples palavra, foi tudo o que eu queria.

Com seu primeiro toque, seu primeiro beijo; não pude resistir
Queria lhe conhecer até o fim sem pudor ou limitações!

Suas palavras me encantam a cada instante...
Momentos que meu coração jamais irá esquecer.

Por mais distante que esteja...
Agora, para a eternidade ficará com a minha alma.

Autor: Marcio Garcia